Professora enfrenta dificuldade para ter energia elétrica em casa
A professora de biologia Deborah Pizzatto mora na Fazenda Aritaguá, ao lado da Cabana da Empada, no distrito de Ponta do Ramo, em Ilhéus. A casa dela não tem energia elétrica. Nessas condições, exercer a docência, a que se dedica com tanto empenho, é um desafio para a paranaense de 33 anos.
Formada na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e servidora pública concursada do governo estadual, Deborah leciona há 3 anos na Escola Estadual Antônio Cruz, em Serra Grande – Uruçuca, onde trabalha com aproximadamente 300 estudantes do ensino médio.
A professora tem miopia. Recentemente foi submetida a duas cirurgias. À noite, planeja e corrige atividades escolares com o auxílio de uma lâmpada de led de 3 watts, ligada a um sistema de captação de energia solar. Antes, trabalhava à luz de velas. A casa onde Deborah mora com a filha de 5 anos fica a 1.300 metros da rodovia Ilhéus-Itacaré (BA-001). No local, há mais oito residências sem energia elétrica. Porém a fiação da rede não está distante.
A professora protocolou três pedidos na Coelba para participar do programa “Luz para Todos”, do governo federal. Em 2010, trocaram o protocolo pelo o de outra pessoa. No ano seguinte, informaram que foram no local e não encontraram nenhuma casa sem energia. Há dois anos registrou um novo pedido que está em andamento. (Matéria originalmente produzida por Thiago Dias)